A partir da chegada da Missão Artística Francesa no Brasil, é fundada a Academia Imperial de Belas Artes. Uma vez consolidada, a instituição torna-se instrumental na implementação de um programa nacionalista oficial. Nesta moldura institucional, Almeida Júnior inaugura a abordagem da temática regionalista. Posteriormente, no âmbito do modernismo, Oswald de Andrade defende uma atitude antropofágica em relação às vanguardas artísticas europeias, modelo retomado e atualizado no final dos anos 1960 por Hélio Oiticica e pelos tropicalistas.

O curso tem como objetivo analisar as artes visuais no Brasil desde o Academicismo à Tropicália, obra emblemática inaugurada por Oiticica na Nova Objetividade Brasileira (MAM-Rio, 1967). Sem a pretensão de esgotar a história da arte no período, as aulas formam um fio condutor o qual lança luz sobre trajetórias singulares a partir de noções como tradição, cultura popular, brasilidade e modernidade. Nesses termos, serão abordados artistas e temas como Debret, Nicolas Taunay, Victor Meireles, Pedro Américo, Grupo Grimm, Almeida Júnior, Eliseu Visconti, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, Portinari, Maria Martins, Guignard, Djanira, Volpi, Hélio Oiticica, entre outros.

Curso livre para pessoas interessadas em artes visuais, história da arte, curadoria, arquitetura, design, museologia, publicidade, artes decorativas e áreas afins.

À luz de uma sensibilidade atual, o curso propõe o debate crítico da arte no Brasil a partir do exame empírico das obras e do confronto com a historiografia. Os encontros semanais serão realizados online de modo síncrono. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis para visualização por tempo limitado. Serão fornecidos materiais que auxiliem os debates.

As aulas serão realizadas ao vivo pela plataforma Zoom. As gravações estarão disponíveis para consulta no Ambiente de Aprendizagem Online por até dois meses após o encerramento do curso.