A catequese encontra-se
hoje diante de formidáveis desafios. Apesar de tantas realizações e promissoras
experiências neste campo, é muito freqüente a falta de coragem e um sentimento
generalizado de impotência diante da tarefa de transmissão da fé às novas
gerações. Os esforços de renovação realizados a partir do Concílio Vaticano II
não parecem ser suficientes.
A época pós-conciliar é
certamente fecunda, mas problemática. Uma “avalanche” de novas ideias caiu
impetuosamente sobre o campo da práxis da catequese: a catequese antropológica
e experiencial, o primado da evangelização, a dimensão sociopolítica, a inspiração
catecumenal, o rápido desenvolvimento da cultura digital, a opção prioritária por
uma catequese adulta, dentre outros. Tantas novas perspectivas e exigências
revolucionaram o campo da tradicional práxis pastoral, multiplicando também os
motivos de desconcerto e de inquietação.
O campo da catequese
aparece ainda hoje atravessado por tensões, suspeitas, polêmicas mais ou menos
latentes, sintomas de uma situação problemática e, muitas vezes, de nostalgia
do passado pré-conciliar. Ao lado das novas propostas pastorais em catequese,
aparece o questionamento sobre o significado e a validez de todo o processo de
renovação da catequese, nem sempre existindo concordância na interpretação e
avaliação do caminho percorrido até o momento.