Na virada dos anos 1950/1960, um grupo de jovens curta metragistas criou o Cinema Novo, o mais importante movimento de renovação do cinema brasileiro. Este curso tem a proposta de retomar alguns dos eventos que foram fundamentais na origem do movimento: o neoconcretismo; o cineclubismo; a escrita crítica nos jornais e os festivais internacionais. A trajetória desses eventos será reconstituída historicamente a partir das vozes, encontradas nas cartas e artigos, dos próprios personagens: Glauber Rocha, Paulo César Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade, Gustavo Dahl, Jean-Claude Bernardet, Paulo Emílio Sales Gomes, Cacá Diegues e Leon Hirszman.

Embora sempre tenham sido usados como fontes pelos historiadores, as fontes documentais da chamada “escrita de si”, compostas por correspondências, biografias e autobiografias, seguem ainda hoje sendo pouco valorizadas nos estudos dedicados à história do cinema brasileiro. Este curso tem o objetivo de apresentar para os alunos um novo olhar sobre o período de origem do mais importante movimento de renovação cinema brasileiro, o Cinema Novo, através da análise de um conjunto epistolar composto pelas correspondências dos principais fundadores do movimento, na virada das décadas de 1950/1960. Além das cartas, serão analisados os artigos de jornais do período e depoimentos posteriores encontrados em biografias dos principais personagens.

Estudantes de Cinema, História, Artes e áreas afins.

As aulas serão ministradas pela plataforma Zoom e o material das aulas, como textos, filmes, sites e links importantes, será postado no Classroom da turma. As aulas poderão ser eventualmente gravadas e disponibilizadas também no Classroom, mas sem obrigatoriedade.