O
debate sobre as juventudes é de suma importância e um dos grandes desafios que
se coloca ao cristianismo contemporâneo. São muitas as vivências juvenis e de
forma tão plural que extrapolam todo espaço teórico que queria debruçar-se
sobre elas. Destacam-se, na multiplicidade de tais vivências, aquelas em prol de
experiências nas quais jovens engajados renovam a fé cristã, formando novas gerações
de cristãos.
A partir do Concílio Vaticano II, é possível perceber
que novas dinâmicas sobre as juventudes no ambiente do cristianismo estão sendo
traçadas. Na América Latina, em especial, com a guinada de regimes ditatoriais,
variados movimentos de juventudes cristãs foram sendo forjados. Diante do
contexto repressivo, nos quais, posteriormente solidificaram as Redemocratizações,
também, afirmaram-se novas dinâmicas sócio-etárias-eclesiais. Em tempos mais recentes,
é possível identificar a continuidade e a descontinuidade de tais movimentos.
Especialmente, no Brasil, no tempo presente, as juventudes vêm se notabilizando
nas experiências de engajamento, sobretudo, através das redes sociais, ocasionando
novas formas de vivência, organização e da prática da fé.
Todas
essas novas perspectivas transformam o campo já aberto da práxis-pastoral,
multiplicando enfoques, a partir da contribuição, do desconcerto e da
inquietação das juventudes para o Cristianismo. Tudo isto têm ocasionado nova
forma de designação e da reflexão teórica sobre a juventude no plural, “juventudes”,
não mais no singular - a partir da “teoria geracional”.
No
campo da práxis-pastoral, lugar de constantes atravessamentos e tensões, um dos
temas mais destacados é o das juventudes. Nesse sentido, junto às novas
propostas pastorais de juventudes aparecem também os questionamentos sobre o
significado de todo o processo de renovação, nem sempre explorado nos ambientes
eclesiais habituais.