Nas
duas últimas décadas o documentário brasileiro contemporâneo ganhou um impulso
talvez inédito na história do cinema brasileiro. A cultura do documentário em
nosso país - e mesmo fora daqui - cresceu visivelmente do ponto de vista
quantitativo, mas, sobretudo, do ponto de vista qualitativo, narrativo.
Em função
da riqueza das suas estratégias de abordagem e da criatividade de seus estilos
narrativos, nossa filmografia do real mais recente, tem também um inequívoco
reconhecimento internacional.
O imenso
interesse despertado pela obra de cineastas como Eduardo Coutinho, João Moreira
Salles, Vincent Carelli, Kiko Goifman, Maria Augusta Ramos, Petra Costa, Jorge
Furtado e outros é testemunha do lugar que nosso documentário ocupou nas telas
de variadas plataformas (TV, Web, no período pré-pandemia nas próprias Salas de
Cinema) e, muito particularmente, em importantes Festivais do Brasil e do
exterior.
As
formas de filmar a realidade se multiplicaram, se sofisticaram e produziram uma
diversidade incomparável com qualquer outra época da produção nacional.
Realçou-se o caráter subjetivo do documentário, consagrou-se o chamado
dispositivo como substituto do roteiro, hibridizou-se a relação entre o real e
o ficcional, testaram-se muitas formas de experimentação.
DOC-MOD
documentário brasileiro contemporâneo é um curso de 16 encontros que propicia
uma reflexão ampla sobre esse fenômeno muito comentado, mas ainda pouco
explorado em seus contornos e sua variedade.
Nesse
sentido o contexto é extremamente favorável a um Curso desta natureza e
temática.