Um território não é um meio, não é um espaço sobre o qual se trabalha. Assim, diversamente da crença difusa, um território não preexiste a interações e às expressões que se fazem presentes em certas dinâmicas. Este curso, sendo ele próprio um encontro, busca sua assinatura enquanto território através do pensamento e do corpo feminista, numa interação entre pensar e sentir.
Diante de uma bem-vinda mudança de paradigma da arquitetura e de outras práticas profissionais (por exemplo, não mais desenha-se para o outro mas com o outro), os mais diversos contextos de trabalho passam a demandar habilidades e competências que parecem inusitadas aos ofícios antes tradicionais. O território que gostaríamos de ver emergir neste curso tenta agarrar essas outras aptidões nas artes, na antropologia, na psicologia, na filosofia, na danças e práticas somáticas.
Visamos, neste curso, a criação, ou pelo menos a incitação, de um certo estado de corpo, um corpo que cria, que vibra e se faz inseparável de uma Terra.