O campo da Psicologia do Esporte não é novo. Os trabalhos precursores dessa área datam o final do século XIX e início do século XX. Desde então, avanços ocorreram e a Psicologia do Esporte passou a compor as Ciências Esportivas e emergir como uma das áreas de suma importância para a performance esportiva. (Rubio, 1999)
Trabalhar com esporte implica atuar em parceria com os demais campos do saber, Educação Física, Nutrição, Fisioterapia, Medicina, dentre outras. O esporte em si é um convite à multi e a interdisciplinaridade. Afinal, não se trata de conceber esse sujeito ou grupo com quem se atua somente como um atleta ou uma equipe, mas principalmente compreendê-lo em uma esfera que abrange e atinge toda a sua singularidade e complexidade perpassando pelo contexto social no qual esse sujeito ou grupo se insere.
No Brasil, a inserção da Psicologia do Esporte teve início no ano de 1958, quando João Carvalhaes acompanhou a Seleção Brasileira de Futebol. A partir de então, progressos e retrocessos podem ser destacados. A ampliação das áreas de atuação do profissional, que hoje não se restringe somente ao esporte de alto rendimento, mas engloba os praticantes de atividade física (esporte recreativo), o esporte educacional (norteado por princípios socioeducativos) e o de reabilitação (voltado aos atletas lesionados e às pessoas com necessidades especiais) (Rubio, 1999), já é um avanço em direção ao desenvolvimento.
Apesar de ter raízes antigas e diante das dificuldades encontradas para a atuação, a Psicologia do Esporte encontra um grande percurso pela frente. Sua solidificação está debruçada na necessidade da criação e ampliação de espaços de discussão dos aspectos inerentes à área. É preciso que haja uma reflexão sobre aquilo que o profissional encontra na prática. O esporte ou a atividade física por ser objeto de constantes mutações e renovações, convoca o profissional que opta por trabalhar nele sempre a uma atualização, ou seja, deve buscar sempre novas fontes de informação e acompanhando seu desenvolvimento.