A Modernidade: Uma Nova Forma de Olhar o Céu

Muita polêmica tem se observado em tempos recentes sobre questões ligadas ao céu, com negações dos modelos científicos hoje corroborados, em vários níveis e âmbitos. 

Alguns fatores parecem responder por esses descompassos, entre eles certo déficit no ensino básico de ciências, quer do ponto de vista histórico, quer metodológico, quer filosófico. Os modelos científicos são apresentados aos alunos e ao público em geral sem a devida reconstrução das trilhas feitas até sua sedimentação, o que faz com que sua aceitação  se assemelhe, no fim, a uma espécie de crença na comunidade científica e seu discurso. 

Por tudo isso, o curso tem um alcance e importância maior que simplesmente contar uma história do céu. Pretende familiarizar o público com o processo mais amplo de construção e validação das hipóteses científicas, tendo o céu como ponto de apoio privilegiado para essa familiarização.

São quatro os cursos que perfazem o programa Filosofia do Céu, cada um com 30 horas de duração:
1) As Cosmologias da Antiguidade Grega (Prof. Marcus Reis)

2) A modernidade: uma nova forma de olhar o céu (Prof. Irã Salomão)  

3) O Céu Próximo: as Perspectivas Astronômica e Astrológica (Prof. Guilherme Temporão) 

4) O céu profundo contemporâneo: os telescópios Hubble e James Webb (Prof. Welles Morgado)

Será conferido certificado a cada um dos cursos e ao programa Filosofia do Céu para quem cursar com aproveitamento pelo menos 3 dos cursos oferecidos.

A coordenação geral é do Prof. Edgar Lyra, do Departamento de Filosofia da PUC-Rio.

Apresentaremos os desgastes sofridos no modelo ptolomaico até a sua  derrocada. Nosso recorte terá início no final da Idade Média, avançando até o século XVII,  abarcando aquilo que se convencionou chamar de Revolução Científica. No âmago deste  processo, encontraremos os novos preceitos para as interligações entre as hipóteses e as  observações astronômicas. Dentre as consequências deste desenvolvimento, temos um novo  modo de fazer ciência, a percepção do infinito e a perda da centralidade da Terra.