Arquitetura para a Saúde

A especialização busca promover o conhecimento dos instrumentos disponíveis e das normas vigentes, entendidos como elementos estratégicos e facilitadores do planejamento, construindo um patamar de discussões privilegiado na elaboração de projetos para ambientes de saúde.  Nesse sentido, o curso de Especialização em Arquitetura para a Saúde visa:

- Prover aos alunos instrumentos que unem teoria e prática, permitindo o conhecimento e a compreensão de questões relativas ao campo da arquitetura para a saúde, com ênfase no projeto de arquitetura e engenharia para ambientes de saúde, segundo uma abordagem multidisciplinar;

- Apresentar ferramentas projetuais, técnicas, teóricas e metodológicas para o planejamento, a concepção e a construção de ambientes para saúde;

 - Ampliar e provocar o debate no “Campo da Arquitetura e Engenharia para Saúde”, com experiências nacionais e internacionais, questionando verdades naturalizadas;

- Incentivar a prática profissional no campo da “Arquitetura e Engenharia para Saúde” e suprir a falta de cursos de Pós-graduação que articulem arquitetura, engenharia e ambientes de saúde.

Profissionais de nível superior das áreas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia e Design, gestores de Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) e demais profissionais de nível superior vinculados ao campo da saúde.

70% das aulas ao vivo transmitias pela zoom e 30% das aulas assíncronas.

A proposta pedagógica do curso busca estabelecer um canal de reflexão sobre o dia a dia da profissão, gerando subsídios técnicos, teóricos e metodológicos para realização de projetos para ambientes de saúde. Nesse sentido, busca-se desenvolver uma práxis voltada para o planejamento, a concepção e a construção de ambientes de saúde que mescle conteúdo técnico e normativo com abordagens ancoradas numa arquitetura preponderantemente “humana”, baseada na experiência sensorial do ser humano no espaço.

A proposta metodológica introduz os alunos no "Campo da Arquitetura para a Saúde" de forma gradual, sem massificar o conteúdo, nem embotar a reflexão. Busca-se atravessar as fronteiras entre o tratamento e a vida, o cotidiano e a sociedade, a tecnologia e o humano. No início do curso, as dinâmicas dos ambientes da saúde vão sendo apreendidas e debatidas, para que então o conteúdo seja internalizado e as soluções sejam solidificadas e experimentadas.

Utilizaremos o método do diálogo das fontes e a análise de casos-referência.

O caso-referência constitui um método de estudo que prioriza referências centrais dos casos concretos, objetivando elucidar e exemplificar a análise em pesquisas. O referido método permite a análise de casos exemplares, independentemente do método de estudo de caso. O caso-referência constitui-se, portanto, de casos concretos presentes na realidade (objeto real) em que pode ser observada a cristalização das hipóteses em consonância com a delimitação teórico-conceitual que viabiliza a construção do objeto do conhecimento. Permite, assim, a análise de uma situação que funcione como base fática para a pesquisa teórica e para o desenvolvimento de projetos para ambientes de saúde.

A metodologia do curso prioriza a articulação de distintos métodos didáticos: exercícios de projetos coletivos, aulas expositivas, palestras e visitas agendadas a hospitais de referência, tendo como âncora as disciplinas de atelier e de metodologia, que buscam a conexão entre a teoria e a prática.  Nas disciplinas com aulas práticas, buscamos o desenvolvimento de dinâmicas de workshop, por meio do uso de ferramentas gráficas para explorar ideias e acelerar processos capazes de renovar as soluções iminentes que envolvem os ambientes para saúde.  Essa prática fomenta a postura ativa do aluno a partir de um perfil colaborativo que trabalha com equipes multidisciplinares. 

As diretrizes traçadas nas dinâmicas do Curso, nos três módulos, serão:

• Valorizar a relação entre o edifício, a cidade e o cotidiano e os espaços de transição entre a rua e os ambientes internos.
• Promover o convívio e a sociabilidade.
• Priorizar o conforto, a privacidade, a individualidade e a dignidade da pessoa humana.
• Valorizar soluções que possam ser replicadas, fabricadas em escala e que possuam reversibilidade de usos.
• Considerar espaços projetados que explorem os sentidos, buscando atenuar o ambiente técnico-hospitalar.  
  Ampliar princípios de sustentabilidade que reduzam os gastos com a manutenção, que promovam a operacionalização da edificação e a redução no consumo de energia e água e que reduzam o impacto ambiental.
• Promover acessibilidade, agilidade e rapidez no atendimento médico.
• Visar a elaboração de projetos atrelados ao gerenciamento de risco do paciente, acompanhante e funcionário, especialmente considerando o risco de infecção hospitalar.