Sartre: Entre a Psicologia e a Literatura

Pensar sobre a Psicologia Existencial é se lançar num desafio de entrecruzar os fios da Filosofia com a Psicologia. Essa abordagem nasce da inquietude de filósofos que questionaram os sentidos da existência e, assim, construíram uma nova perspectiva a respeito do homem e do seu modo de ser-no-mundo. Mais especificamente, Jean-Paul Sartre, institui uma concepção de homem como liberdade, ou seja, considera o existir humano como sendo marcado por uma indeterminação fundamental, cabendo a ele escolher o que fará de sua existência. Trata-se, pois, de uma filosofia do engajamento, que instaura a responsabilidade existencial de fazer algo de si, ao mesmo tempo em que abre uma importante condição de transformação, já que para o “homem-liberdade” é sempre possível ressignificar o que se é. Além disso, Sartre é fortemente ligado à literatura e produz importantes obras na forma de romances, peças teatrais e biografias que servem de acessos mais fáceis aos seus leitores, mas não menos profundos. Utilizaremos essas “portas” literárias ao pensamento de Sartre para iluminar possibilidades de uma clínica psicológica a partir de sua obra. 

Utilizar a literatura de Sartre como acesso a sua obra, a fim de estabelecer possibilidades para uma clínica psicológica de base existencial.

Psicólogos interessados na abordagem existencial, bem como interessados no pensamento de Sartre e na sua obra literária.