Ventura, 20 anos depois: sobre a canção expandida no Brasil

Em meados de 2003, a banda carioca Los Hermanos lançou Ventura, seu terceiro álbum de estúdio. A obra, que atingiu imenso sucesso de público e crítica, pode ser considerada o marco inicial, pelo menos no Brasil, daquilo que a crítica acabou por batizar de “canção expandida”: um formato de composição particularmente difuso, muito mais sugestivo do que narrativo, que colocava em xeque certos pilares da forma de fazer canção consolidada no país desde a Bossa-Nova. Durante (pelo menos) os quinze anos seguintes, uma geração de cancionistas tomou para si a tarefa de continuar, popularizar e em certos casos radicalizar a “canção expandida” anunciada em Ventura. Agora, quando uma série de transformações sociais, políticas e estéticas parecem consolidar uma superação dessa experiência, propõe-se um balanço do período.

Músicos, estudantes de música e demais aficionados por rock e música brasileira em um sentido amplo do termo.

Pessoas que possuam uma relação afetiva com o álbum Ventura, a banda Los Hermanos e o período (virada do século XX para o XXI) em que a banda esteve na ativa.

Historiadores interessados na história contemporânea da cultura brasileira.

Aulas online, ao vivo, pela plataforma zoom. A gravação ficará disponível após as aulas para consulta no ambiente de aprendizagem online da PUC-Rio (Moodle).

Análise multidisciplinar de canções, levando-as em conta enquanto construtos de letra, melodia e harmonia, mas também sua situação de gravação e seu contexto sócio-histórico-cultural, entre outros aspectos.

Leituras de textos teóricos, analíticos e jornalísticos associados ao tema do curso.

Banco de vídeos e playlists musicais à disposição dos alunos, com referências que serão citadas em aula.